Literatura - ensaios e comentários.
O Blog permite a criação coletiva. É um espaço aberto para a reflexão sobre a arte da escrita a partir de textos de pensadores como George Steiner e Antoine Compagnon. Os textos servem como suporte à leitura e comentários.
quarta-feira, outubro 26, 2011
Mathematica - exemplos CDF
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quinta-feira, setembro 08, 2011
Freud: uma vida para o nosso tempo
Peter Gay - resenhas publicadas em Google Book e Livraria Culturanão se apavore com o número de páginas pois esta biografia do Peter Gay poderá ser lida como um grande romance da vida de Freud. O autor teve acesso a várias cartas pessoais e a gênese de várias idéias de Freud estão descritas em detalhes. A bibliografia selecionada ao final em "um ensaio bibliográfico" fundamenta as opiniões do autor e abre indicadores para leituras adicionais. Freud é desvendado não como o autor e criador da psicanálise, porém como um homem comum, familiar, com seus erros e medos. Imprescindível para os estudiosos da psique, é uma leitura agradável e informativa para os leigos. É um livro que serve como referência, com um índice remissivo detalhado, e certamente para uma releitura caso seja possível nesta curta vida para tanto assunto, felizmente temos o historiador Peter Gay capaz de consolidar em um único livro sua grande erudição.
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Tchekhov - o homem num estojo - "caixão"
Além deste sómente o conto "O sapateiro e a força maligna" constam nos dois livros. Deduzo que seria quase impossível um livro em Português com o título "Contos Completos de Tchekhov", ( uma tradução não de todo completa para o Inglês consumiu 13 volumes ) e ficaremos sem ler várias histórias em Português,
Quem primeiro chamou minha atenção para Tchekhov foi Harold Bloom em "Como e Porque Ler" isbn 8537023473. Bloom escolhe três contos de Tchekhov - O Beijo, O Estudante e A Dama do Cachorrinho. O leitor morreria de tédio caso ficássemos entretidos em comentar as diferenças dos tradutores - Tatiana Belinky e Boris Schnaiderman, gosto de ambos embora às vezes prefiro Tatiana por ser mais direta ao passo que Boris cita as datas de publicação dos contos, seguindo o modelo Inglês e inclui comentários interessantes.
O Homem no Estojo mostra duas situações equivalentes : Um homem preso ao seu destino, com regras inflexíveis, fechado em si mesmo, incapaz de uma brincadeira, de rir de si mesmo, enfim, um homem trancafiado em seu "estojo" de vida é o mesmo que um homem dentro de um caixão.
A descrição sufocante do professor de Grego, Biélikov, mostra nos um homem já desidratado dos prazeres da vida e por extensão a prisão em que vivemos.
Biélikov procurava esconder num estojo também seus pensamentos. A única coisa clara para ele eram as circulares e os artigos de jornal em que se proibia algo. Se uma circular proibia aos alunos sair à rua depois das nove da noite, ou se um artigo proibia o amor carnal, isto lhe parecia claro, definido: estava proibido e pronto. Ao contrário, licença, autorização, ocultavam sempre para ele um elemento duvidoso, algo confuso e que não fôra devidamente detalhado. "Biélikov morre de tristeza, sem conhecer o amor de uma mulher.
O conto está na terceira pessoa, um outro professor que descreve para um médico - quem sabe o próprio autor - durante uma noite em uma caçada.
Não é sómente Biélikov que está preso, todos estamos dentro de um estojo pois após o enterro o professor observa.
Não passara ainda uma semana, e a vida (para nós) correu como antes, a mesma vida severa, cansativa, sem sentido, que não fora proibida, mas também não estava totalmente liberada; as coisas não se tornaram melhores. Biélikov foi enterrado, mas quantos homens ainda estão dentro de um estojo, quantos ainda estão nesta situação.E o médico desabafa como se fosse um recado direto do autor para nós leitores.
O fato de morarmos na cidade, sem espaço, no meio da poluição, escrevermos artigos desnecessários, desperdiçarmos o tempo no jogo, não será tudo isto, esta vida, também um estojo ?
....
Ver e ouvir tanta mentira, depois ser chamado de tolo porque suporta e aceita essas mentiras; tolerar ofensas, humilhações, não ousar declarar com sinceridade que você está do lado das pessoas honestas e livres, você mesmo tornar-se um mentiroso, sorrir e fingir que tudo aceita, e tudo isto por um pedaço de pão, por causa de um cantinho para dormir, por causa de um cargo qualquer, por um salário qualquer, não, não se pode mais viver assim !
(adaptação da tradução )Vivos estamos enclausurados em um estojo, mortos estaremos no caixão.
São leituras como estas que tornam a vida mais suportável, que nos transporta para fora do estojo, lembra-nos que somos borboleta capaz de abandonar o casulo da existência e fugirmos na imaginação.
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Tchekhov - Contos - Ventoinha

Este conto, pg. 224, é o mais extenso, próximo de uma novela e foi utilizado como roteiro para um filme. Traça a vida de três personagens tendo como eixo as reflexões e a vida de Olga, casada com um médico padrão e tendo um artista por amante.
-Eu não compreendo as artes. Passei a vida ocupando-me de Ciências e Medicina, e não tive tempo de me interessar pelas artes"
- Você não censura seus amigos por desconhecerem a Medicina. Eu não compreendo as artes, porém inteligentes artistas as produziram e uma platéia paga para admirá-las, logo são necessárias".

"Queria explicar-lhe que aquilo fôra um engano, que nem tudo estava perdido, que a vida poderia ainda ser bela e feliz com você, você era um homem raro, extraordinário, grande, e que durante toda a vida, irei venerá-lo, rezar e sentir um medo sagrado...."
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Tchekhov - Contos - Ilegalidade

Tchekhov consegue "resumir" Crime e Castigo de Dostoivesky, publicado um ano antes em 1866, em um conto de três páginas - Ilegalidade pg. 203
quarta-feira, janeiro 06, 2010
afinal quem somos Dawkins
- what scientists study
- who scientis are
- what scientist think
- what scientist delight in
"Minha idéia de sociedade é que embora tenhamos nascidos iguais, implicando que todos têm o direito à oportunidades iguais, nem todos têm a mesma capacidade"e o Dobzanski complementa com a frase que antecipa a revolução francesa que está na Constituição Americana "
Asseguramos por princípio que todos os homens são nascidos iguais"
"e têm o direito à busca da felicidade" .
Esta é a dificuldade do leigo quando entra nestes assuntos de genética e Darwin. Você pensa que entende tudo, porém um termo específico, no caso este "carrier" pode ter uma interpretação muito diversa do que você imagina. Em resumo quem sou eu, este pacote ambulante de genes, formado com a combinação de 4 moléculas bem simples. Se alguém conseguir me explicar melhor esta frase do Dobzanski, lançar uma luz nesta ingorante obscura solidão, serei um leitor agradecido.
terça-feira, janeiro 05, 2010
Tchekhov - Contos - Inimigos
domingo, janeiro 03, 2010
Tchekhov - Contos
Tchekov - contos : isbn 85-7326-144-7 Trad. Boris Schnaiderman.
Todorov : A literatura em Perigo
Opinião do Leitor: Antonio Brito / Data: 27/12/2009 Conceito do leitor: ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Por que amo a literatura - porque ela me ajuda a viver |